Itaú, Petz, Nokia, Citroen, Johnson & Johnson, essas foram algumas das marcas que apareceram de cara nova no último ano. Mas o que elas tem em comum?
Todas apresentaram novas marcas com a estética minimalista e simplificada. Aqui temos o grande X da questão (né, Twitter?). O mercado do design e o mundo da publicidade é tão cíclico quanto a moda – de tempos em tempos alguma tendência é apresentada e vêm com grande força, influenciando em grande escala, podendo ser de curta ou longa duração, vamos aos exemplos: a onda rosa da Barbie foi uma trend de curta duração, totalmente sazonal, ou seja, chegou com data para acabar. Enquanto isso, o minimalismo é uma modalidade artística que não é exclusivamente pertencente ao design, mas também à moda, arte e arquitetura.
O minimalismo não é de hoje, surgiu na arquitetura Nova Iorquina nos anos 60 e logo ganhou espaço em outras áreas. Mas o que nos interessa aqui é quando esse movimento tomou força na criação de marcas. Nos anos 2000 tinhamos a grande onda de marcas overload, com 3D, sombreamentos, elementos com muitos detalhes. Mas com o advento das redes sociais transformando o mundo digital por volta de 2014, as marcas se viram encurraladas por telas pequenas e cheias de informação que competiam com as identidade sobrecarregadas.
Foi então que o minimalismo na publicidade começa a tomar conta: a internet é uma constante bomba de informações, pra se encaixar, era necessário apostar no menos é mais. Agora voltamos a pergunta inicial desse texto: a maioria das marcas que passou por esse rebranding nasceu antes do minimalismo e se viu na necessidade de atualizar o branding de acordo com o momento.
Contudo, porém, entretanto, todavia, existem problemáticas que essa onda de rebranding pode causar. A primeira delas é a desconexão com o público, se uma marca é muito bem estabelecida e reconhecida com uma marca que não seja minimalista, essa mudança brusca pode não ser tão bem aceita assim. A segunda é que é preciso pensar além do design: existem valores, estratégias e atributos por trás das marcas e que precisam ser representados no visual e nem sempre o minimalismo vai ser a melhor escolha.
E a última é: o minimalismo vai saturar em algum momento, assim como qualquer outra grande tendência. Assim como a estética rebelde e cheia de informação dos anos 2000, em algum ponto as pessoas ficarão saturadas de uma mesma tendência ao seu redor o tempo todo e entraremos em uma nova onda, porquê o design é ciclico e isso é inevitável. Então cuidado ao adotar uma tendência apenas para estar na moda, já que uma hora vai deixar de ser moda e se não houver uma estratégia por trás, sua marca vai precisar de rebrandings a cada década e nunca estabelecerá uma identidade consolidada.
E assim encerramos nossa pequena prosa sobre o rebranding: prós e contras. Se você curtiu essa ideia, compartilhe esse texto e confira mais no nosso blog!